quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

STELLA EM SANTA RITA E ATALAIA (100 Anos em 50 Fotos, VI)

Gustavo Maia Gomes

Uma vida é uma vida é uma vida, diria Gertrude Stein Stein Stein. Eu conto um pouco da que minha mãe Maria Stella de Araújo Pedrosa Pedrosa Pedrosa viveu, em vários lugares lugares lugares. Ela teria feito cem anos no dia 4 deste mês. Pode estar agora com Gertrude Gertrude Gertrude, tentando convencê-la de que eu sou boa gente e não tenho a intenção de ridicularizá-la escrevendo assim assim assim.
Vamos aos fatos. Em períodos distintos, Stella Pedrosa teve cinco residências: (a) 1917-25: Engenho Velho, depois Usina Pedrosa (Santa Rita, PB). (b) 1925-30: Usina Uruba (Atalaia, AL). (c) 1930-37: Garanhuns (PE) durante as aulas; Atalaia nas férias escolares. (d) 1937-42: novamente, a Usina Uruba, Atalaia. (e) 1942-44: Fazenda Monte Verde, em Branquinha (então distrito de Murici, AL). (f) 1944-2001: Recife, PE.
Cada etapa e lugar se explicam da seguinte forma:
(a) Manoel Sebastião de Araújo Pedrosa (1889-1936), pai de Stella, nasceu no Recife, mas se mudou para Santa Rita (PB) ainda criança. Ali, em 1914, casou-se com Olga Dias Cardoso (1895-1978). Em Santa Rita, nasceu Stella, que viria a ser minha mãe; naquele município, ela viveria até os sete anos.
(b) Em Santa Rita, possivelmente, entre 1920 e 1922, Manoel Sebastião transformou o Engenho Velho (adquirido em 1899 por seu pai) na Usina Pedrosa. Alguns anos à frente (1925), vendeu esta fábrica e comprou a Usina Uruba, em Atalaia (AL), para onde transferiu residência com a família. Stella, inclusive.
(c) Até poucos dias, eu acreditava que minha mãe tinha ido estudar no Colégio Santa Sofia (Garanhuns, PE) em 1934. Evidências obtidas hoje me fizeram rever essa crença: parece-me agora altamente provável que Stella tenha se mudado para esta cidade em 1930. Explico isso nos comentários às fotos da postagem futura, que cobrirá os anos vividos por minha mãe em Garanhuns, Branquinha e no Recife.
(d) Com a morte de Manoel Sebastião, em 1936, Stella retornaria dois anos depois a Atalaia, para ajudar na administração da usina. Ela ficaria morando ali até se casar com Mauro Bahia de Maia Gomes, em 1942.
(e) Mauro formou-se em Direito, no Recife (1939), mas, segundo me confessou, em nenhum momento durante o curso havia pensado em usar o título profissionalmente. Quando se casou com Stella foi morar na fazenda Monte Verde, de seu pai, em Branquinha (que ainda pertencia a Muricy. O desmembramento ocorreu em 1962). Ali nasceu o primeiro filho do casal, Ivan (1943).
(f) Não demorou muito para Mauro perceber que os rendimentos da fazenda não o sustentariam. Em 1944, portanto, ele decidiu mudar-se para o Recife, para viver como advogado ou funcionário público de formação superior. Terminou fazendo as duas coisas. Stella e Ivan o acompanharam. Nos primeiros meses, viveram em pensões, como eram chamadas a época. De uma delas, o prédio ainda existe: é o velho casarão que fica na Avenida Rui Barbosa, n. 24, ao lado do Colégio Vera Cruz. No Recife ela viveria até falecer, em 2001.
Nesta matéria trato de Santa Rita (Engenho Velho, Usina Pedrosa) e de Atalaia (Usina Uruba). A seguinte cuida das residências de Stella em Garanhuns, Branquinha e o Recife.


(Publicado no Facebook em 14/12/2017)

Nenhum comentário:

Postar um comentário