Gustavo Maia Gomes
Nosso mundo, acho eu, é melhor do que o de nossos pais e avôs e bisavôs e trisavôs por muitos motivos, mas, aqui, selecionarei apenas um deles: a extraordinária redução do custo de obter informações que nos está sendo proporcionada pelas modernas tecnologias.
Nosso mundo, acho eu, é melhor do que o de nossos pais e avôs e bisavôs e trisavôs por muitos motivos, mas, aqui, selecionarei apenas um deles: a extraordinária redução do custo de obter informações que nos está sendo proporcionada pelas modernas tecnologias.
Nunca agradecerei suficientemente aos que inventaram a internet
e as redes sociais pelo anteriormente INIMAGINÁVEL alargamento de
possibilidades de contatos humanos e de aquisição de conhecimentos a baixo
custo que elas nos tem garantido.
Graças ao Facebook, por exemplo, localizei e entrei em
comunicação instantânea -- sempre que o deseje -- com mais de 1.500 pessoas, um
grupo que inclui:
(1) amigos de longa data que se haviam extraviado de meus
caminhos. -- Quanto vale restabelecer contato com um amigo a quem não víamos
desde trinta, quarenta, cinquenta anos?;
(2) parentes de quem, em alguns casos, sequer a existência eu
sabia (mas que passei a conhecer, em todos os casos, com enorme satisfação);
(3) colegas de profissão que eu cumprimentaria (e vice versa) se
os encontrasse em alguma esquina da vida, mas que, provavelmente, jamais
encontraria, pois as esquinas são tantas e a vida dos deslocamentos materiais,
tão pouca;
(4) muita gente que continuo a conhecer apenas "virtualmente",
mas com quem sempre aprendo alguma coisa nova, ao ler seus textos. Que
privilégio não é conversar com pessoas inteligentes, todas elas ao alcance de
um clique?;
(5) aqueles que habitam esferas intelectuais diferentes das
minhas, mas de quem, não obstante, me agrada saber notícias, do mesmo jeito,
espero, que eles também gostem de conhecer minhas andanças, paranças e
voltanças.
Fora do universo específico das redes sociais, mas ainda na
internet, hoje, posso ouvir a música que quiser, executada por quem eu achar
melhor; visitar na tela de meu computador os melhores museus do mundo; ler os
jornais e revistas do século passado -- ou outros, ainda mais antigos;
descobrir retratos de 1932 de minha mãe junto às suas colegas do Colégio Santa
Sofia, em Garanhuns (PE) -- retratos que eu desconhecia e que me fizeram
revisar a cronologia da passagem de Stella Pedrosa por aquela cidade.
Se fosse apenas isso, já seria uma fortuna disponível para
desfrute diário, a custo (quase) zero. E sabemos que há mais, muito mais.
(Publicado no Facebook em 16/12/2017)
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